Mulher independente, mulher profissional, mulher companheira, mulher mãe, mulher dona-de-casa, mulher amiga. Engana-se o leitor que acredita que estão sendo citadas seis mulheres diferentes. Todas elas se resumem em uma só: a mulher moderna paraense. Com diversas prioridades e ideais, elas conseguem unir todas essas facetas, ou até mais, no espaço de um dia.
Pelo menos é assim que a secretária Renilza Gomes realiza as atividades diárias. Com dois filhos para criar, ela conta que depois do expediente de trabalho, começa o expediente do lar - que também inclui um trabalho extra para complementar a renda. “Sou uma pessoa muito família e também do trabalho, então tenho o meu tempo todo ocupado. Trabalho de 8h às 18h e quando chego em casa à noite ainda faço bombons regionais e maniçoba para armazenar para venda”.
A prioridade da sua vida, diz ela, são os filhos. Por isso se dedica tanto ao trabalho: para conseguir garantir os estudos e um futuro melhor para os dois. “Tento dar a eles as coisas que eu não pude ter”. Nos fins de semana, ela faz os trabalhos do lar, como cozinhar o almoço da semana e limpar a casa. Casada há 25 anos, Renilza conta que ainda consegue manter uma boa relação familiar. “Apesar de ter uma rotina corrida, eu adoro tudo que faço e gosto de ter todas as horas ocupadas”. Na avaliação dela, a característica de uma mulher moderna depende de cada uma, já que ser moderna pode significar uma mulher vaidosa ou independente.
Diferente da opinião de Renilza, a universitária Karina Bentes, 17 anos, avalia que a mulher atual é a que consegue fazer de tudo um pouco. “A mulher tem que cuidar da casa, do emprego e ainda estar inteirada no ambiente familiar”. Desde cedo ela observa que a mulher não deve ter apenas uma prioridade na vida, por isso ela busca conquistar todos os sonhos. “Eu prezo pela minha família, pelos amigos, namorado e estudos, mas acredito que o mais importante é investir na minha carreira”. Para ela, com uma boa carreira profissional é possível ser feliz em todos os aspectos. Karina ainda encontra tempo para cuidar da saúde, praticando esportes diariamente.
Já a funcionária pública Rosa Maria do Espírito Santo, 50 anos, se considera uma mulher moderna, principalmente por priorizar a liberdade. “Gosto de ser uma pessoa livre”. A família ocupa o segundo lugar na lista de importância na vida de Rosa. Tomar conta da mãe, que já é idosa, e da filha de 15 anos é uma das grandes tarefas dela. “É uma correria, porque tenho que ir ao trabalho e quando saio vou para o hospital com a minha mãe e ainda dou apoio para a minha filha, tanto na escola como na vida pessoal”. Mesmo com tudo isso, ela não abre mão de jogar conversa fora junto aos amigos em uma mesa de bar. Com todo esse repertório de vida, Rosa afirma se orgulhar de ser mãe solteira, apesar de considerar que é uma grande responsabilidade.
Mesmo com uma realidade diferente das mulheres citadas antes, a aposentada Alzira Pinheiro, 70 anos, se considera valorizada pela família e pelo marido. “Hoje as mulheres estão enquadradas em outras profissões, mas antigamente ser do sexo feminino significava ser doméstica, professora ou dona-de-casa. Agora não, a mulher tem o seu valor”.
Alzira casou aos 19 anos e sempre se dedicou à casa, aos oito filhos e ao marido. Hoje, a aposentada, que mora com um filho, a nora e dois netos, não deixa de lado os momentos de lazer. “Gosto de sair, passear, ir à igreja, viajar e ir ao bingo com as amigas”. Para ela, a mulher moderna é dinâmica, até mesmo no casamento. Por conta disso, ela afirma ter uma grande admiração pela mulher atual. “No meu tempo, as coisas pareciam mais fáceis, porque a vida era para cuidar dos filhos e da casa. Agora elas têm que ser mãe, mulher, dona-de- casa e profissional”.
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