Dos 16 feriados (oito nacionais e oito facultativos) previstos pelo governo federal para 2010, sete deles caem justamente na segunda ou na sexta-feira. Apesar de parecer bom para os trabalhadores, tantos dias “parados” tem igual efeito para a economia do país?
Para o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Roberto Sena, os feriados em excesso são negativos para o país, embora bons para os trabalhadores. “Para o setor de produção, como os alimentos, por exemplo, um feriado prolongado pode ser muito ruim. Um dia parado significa estancamento. Do ponto de vista mais amplo, os feriadões podem ser prejudiciais para toda a economia do país”, destaca.
LAZER
Sena ressalta ainda que o Brasil é um país onde as pessoas trabalham muito - 44 horas semanais, conforme o art. 58 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - e, portanto, os feriados são encarados principalmente como uma grande oportunidade de lazer.
Por pensar assim, segundo ele, o ritmo dos trabalhadores é afetado se um feriado cai no meio da semana ou até mesmo quando é prolongado. “Por conta disso, empresas procuram negociar compensações, pois sabem que se o empregado parar no meio do caminho retorna desmotivado, lento, o que não é interessante”, complementa.
A servidora pública Flávia Batista, 33 anos, diz que aproveita os feriados, mas tem consciência do seu trabalho.
“Por ser contadora tudo na minha função é para ontem, portanto um dia parado significa trabalho acumulado. Apesar disso, um dia de descanso sempre é bom, pois a gente tem mais tempo para ficar com a família e viajar para o interior, coisas que eu faço bastante quando estou de folga”, afirma.
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