Soraia está na luta para perder os 21 quilos a mais
Cerca de 30% da população paraense está com sobrepeso e 16% é considerada obesa. A informação é do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), da Secretaria de Saúde do Estado (Sespa). Segundo Ioná Figueira, coordenadora de nutrição do Estado, os números preocupam.A coordenadora relata que a obesidade representa atualmente um dos principais problemas de saúde pública e vem tomando grandes proporções já podendo ser classificada como epidemia. Figueira atribui o excesso de peso ao tipo de alimento consumido pelo paraense, considerado muito calórico, e quando não balanceado acaba causando desestrutura energética. “É muito comum vermos pratos com alimentos do mesmo grupo consumidos de uma única vez. O ideal é fazer substituições para não sobrecarregar”, esclarece. Para o médico endocrinologista Paulo Viana, a obesidade atingiu diversas classes sociais e idades, alcançando esferas psicológicas e até econômicas. Segundo ele, a revolução tecnológica que levou a redução do gasto calórico nas atividades do dia a dia, como subir escadas, levantar do sofá para mudar o canal da televisão, ir de um compartimento a outro para atender ao telefone, contribuiu para que a população passasse a engordar cada vez mais. No mundo considerado moderno, o controle remoto, a escada rolante e o telefone sem fio terminaram como os grandes vilões na busca pela boa forma. Para Viana, outro motivo de preocupação está no universo infantil onde as brincadeiras das crianças no fundo do quintal, subindo em árvores, ou na rua, jogando bola, foram substituídas pelos computadores e jogos eletrônicos, onde o gasto de energia é mínimo e o sedentarismo evidente.Para o médico, outro ponto importante é o intenso bombardeio da mídia nas crianças com a apresentação de salgadinhos, doces, sorvetes, e diversas guloseimas que não alimentam adequadamente e trazem muitos malefícios. “ O ideal é que elas fossem estimuladas a comer frutas e legumes”. Porém, Viana informa que nem sempre a obesidade e o sobrepeso estão aliados à ausência de atividade física ou excesso alimentar, e sim, a distúrbios hormonais e metabólicos.>> CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE- Hipertensão arterial- Acidente Vascular Cerebral (AVC)- Diabetes- Aumento das taxas de gordura no sangue (colesterol e triglicerídeos)- Artrite e artrose- Insônia- Câncer>> Mais que uma questão estéticaUm quadro de taquicardia e cansaço excessivo acompanhado de dificuldade respiratória fez com que a técnica em radiologia, Soraia Pimenta, 29 anos, procurasse um médico. Ao ser avaliada por um cardiologista, Soraia recebeu a notícia de que estava com sobrepeso e com suas taxas de colesterol e triglicerídeos alteradas. “O médico me disse que precisava fazer uma dieta o mais rápido possível e atividades físicas, caso contrário, os problemas só aumentariam”.Com 1,58 metro de altura e pesando 69 quilos, Soraia diz que precisa perder aproximadamente 10 quilos para ficar bem. Ela conta que começou a engordar depois que passou a trabalhar fora, já que não possui tempo para fazer as refeições adequadamente. “O problema é que a gente sempre acha que está tudo bem e não liga se está um pouquinho fora de forma, mas quando a saúde é afetada a preocupação é grande”. Soraia conta que alguns descuidos fizeram com que a balança excedesse em 21 quilos o seu peso anterior que era motivo de grande autoestima. Porém, ela conta que já começou a seguir as recomendações médicas incluindo em seus hábitos, alimentos saudáveis e exercícios físicos.Quase dois anos depois de se submeter a uma cirurgia para redução de estômago, o autônomo Jhyone Aguiar, 22 anos, diz que se sente realizado com a redução de 76 quilos em seu peso. Aguiar conta que antes de optar pela cirurgia, tentou várias formas de emagrecer e não obteve êxito. “Fiz dietas, tomei medicamentos e nada resolvia. O pouco que perdia nas dietas bruscas, engordava em dobro depois”, relata Aguiar.Ele conta que não por questão de saúde, mas por uma questão estética, resolveu fazer a cirurgia. Para Aguiar, o fato de não poder comprar o que lhe agradava, e sim, o que lhe cabia, foi decisivo. “Quando fiz a cirurgia estava com 150 quilos. Hoje, estou com 74 quilos e ainda vou perder mais um pouco de peso”.Mesmo se considerando feliz e com a autoestima nas alturas, Aguiar diz que a cirurgia deve ser muito bem pensada e planejada por quem pretende fazê-la, já que afeta definitivamente a pessoa que se submete. “Você vira outra pessoa e tem que estar preparado para isso”. (Diário do Pará)
Cerca de 30% da população paraense está com sobrepeso e 16% é considerada obesa. A informação é do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), da Secretaria de Saúde do Estado (Sespa). Segundo Ioná Figueira, coordenadora de nutrição do Estado, os números preocupam.A coordenadora relata que a obesidade representa atualmente um dos principais problemas de saúde pública e vem tomando grandes proporções já podendo ser classificada como epidemia. Figueira atribui o excesso de peso ao tipo de alimento consumido pelo paraense, considerado muito calórico, e quando não balanceado acaba causando desestrutura energética. “É muito comum vermos pratos com alimentos do mesmo grupo consumidos de uma única vez. O ideal é fazer substituições para não sobrecarregar”, esclarece. Para o médico endocrinologista Paulo Viana, a obesidade atingiu diversas classes sociais e idades, alcançando esferas psicológicas e até econômicas. Segundo ele, a revolução tecnológica que levou a redução do gasto calórico nas atividades do dia a dia, como subir escadas, levantar do sofá para mudar o canal da televisão, ir de um compartimento a outro para atender ao telefone, contribuiu para que a população passasse a engordar cada vez mais. No mundo considerado moderno, o controle remoto, a escada rolante e o telefone sem fio terminaram como os grandes vilões na busca pela boa forma. Para Viana, outro motivo de preocupação está no universo infantil onde as brincadeiras das crianças no fundo do quintal, subindo em árvores, ou na rua, jogando bola, foram substituídas pelos computadores e jogos eletrônicos, onde o gasto de energia é mínimo e o sedentarismo evidente.Para o médico, outro ponto importante é o intenso bombardeio da mídia nas crianças com a apresentação de salgadinhos, doces, sorvetes, e diversas guloseimas que não alimentam adequadamente e trazem muitos malefícios. “ O ideal é que elas fossem estimuladas a comer frutas e legumes”. Porém, Viana informa que nem sempre a obesidade e o sobrepeso estão aliados à ausência de atividade física ou excesso alimentar, e sim, a distúrbios hormonais e metabólicos.>> CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE- Hipertensão arterial- Acidente Vascular Cerebral (AVC)- Diabetes- Aumento das taxas de gordura no sangue (colesterol e triglicerídeos)- Artrite e artrose- Insônia- Câncer>> Mais que uma questão estéticaUm quadro de taquicardia e cansaço excessivo acompanhado de dificuldade respiratória fez com que a técnica em radiologia, Soraia Pimenta, 29 anos, procurasse um médico. Ao ser avaliada por um cardiologista, Soraia recebeu a notícia de que estava com sobrepeso e com suas taxas de colesterol e triglicerídeos alteradas. “O médico me disse que precisava fazer uma dieta o mais rápido possível e atividades físicas, caso contrário, os problemas só aumentariam”.Com 1,58 metro de altura e pesando 69 quilos, Soraia diz que precisa perder aproximadamente 10 quilos para ficar bem. Ela conta que começou a engordar depois que passou a trabalhar fora, já que não possui tempo para fazer as refeições adequadamente. “O problema é que a gente sempre acha que está tudo bem e não liga se está um pouquinho fora de forma, mas quando a saúde é afetada a preocupação é grande”. Soraia conta que alguns descuidos fizeram com que a balança excedesse em 21 quilos o seu peso anterior que era motivo de grande autoestima. Porém, ela conta que já começou a seguir as recomendações médicas incluindo em seus hábitos, alimentos saudáveis e exercícios físicos.Quase dois anos depois de se submeter a uma cirurgia para redução de estômago, o autônomo Jhyone Aguiar, 22 anos, diz que se sente realizado com a redução de 76 quilos em seu peso. Aguiar conta que antes de optar pela cirurgia, tentou várias formas de emagrecer e não obteve êxito. “Fiz dietas, tomei medicamentos e nada resolvia. O pouco que perdia nas dietas bruscas, engordava em dobro depois”, relata Aguiar.Ele conta que não por questão de saúde, mas por uma questão estética, resolveu fazer a cirurgia. Para Aguiar, o fato de não poder comprar o que lhe agradava, e sim, o que lhe cabia, foi decisivo. “Quando fiz a cirurgia estava com 150 quilos. Hoje, estou com 74 quilos e ainda vou perder mais um pouco de peso”.Mesmo se considerando feliz e com a autoestima nas alturas, Aguiar diz que a cirurgia deve ser muito bem pensada e planejada por quem pretende fazê-la, já que afeta definitivamente a pessoa que se submete. “Você vira outra pessoa e tem que estar preparado para isso”. (Diário do Pará)
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